A pedido da agência de notícias da Assembleia Legislativa, o deputado Virmondes Cruvinel deu entrevista fazendo um balanço das ações do Poder Legislativo durante 2021. Segundo ele, a segunda onda da pandemia de Covid-19 (no início do ano) causou muita dor e crise, mas analisa que isso propiciou um clima de união entre os poderes para encontrar soluções. Para Virmondes, a força conjunta da sociedade e das lideranças políticas fará com que o país e Goiás superem as dificuldades sociais e econômicas. O deputado também analisou como positivo o papel da atual Mesa Diretora da Casa em meio à pandemia. Confira a íntegra da entrevista.
1 – Qual é o balanço político e administrativo do ano de 2021?
Foi ainda um ano muito difícil, no qual enfrentamos uma forte segunda onda da pandemia de covid-19, com o maior número de mortes nos primeiros meses. A crise econômica causada pela pandemia também se aprofundou com a suspensão do auxílio emergencial. Centenas de milhares de famílias passando fome. Então, o Cidadania entendeu que este foi um ano de procurar manter a união entre os poderes em todas as esferas para ajudar o país a retomar o bom caminho.
2 – Muito se fala em transparência, gestão de pessoas e administração colegiada. Hoje, qual é a imagem real do Legislativo perante a sociedade?
A atual gestão está desenvolvendo um dos trabalhos mais consistentes de valorização da imagem do Legislativo perante a sociedade. A atuação da Alego, envolvendo todos os servidores e parlamentares, vem sendo importantíssima na retomada de Goiás diante do caos instalado pela pandemia. Uma parte significativa desse sucesso se deve à seriedade e à competência do presidente Lissauer Vieira. Ele comanda uma gestão transparente, aberta à participação de todos e focada na valorização profissional dos servidores da Casa.
3 – É possível afirmar que a Assembleia Legislativa avançou no resgate de sua autonomia política e financeira em relação ao Poder Executivo?
Essa era uma exigência de todos os parlamentares, desde o primeiro momento da legislatura. A autonomia política e financeira foi um dos pilares no consenso que elegeu a atual Mesa Diretora. Então, atualmente, a Alego é muito mais respeitada em sua independência diante de outros poderes. É mais um legado desta gestão.
4 – Houve progresso na convivência e no diálogo político entre as bancadas governista e de oposição?
Até pela minha conduta pessoal, sempre pautei a atuação parlamentar pelo caminho da articulação e do consenso. Assim, boa convivência, diálogo e respeito pelas opniões divergentes são condições imprescindíveis para a construção de soluções legislativas que são solicitadas pela sociedade. Nosso partido, o Cidadania, também tem tradição de respeito à democracia. No geral, entendo que houve avanço, sim. A pandemia, como disse antes, foi um fator que estimulou a busca maior pelo entendimento.
5 – A conclusão da nova sede da Assembleia Legislativa, ao lado do Paço Municipal, contribuirá para melhorar o desempenho das atividades parlamentares?
Não tenho a menor dúvida de que a nova sede vai melhorar o desempenho da Alego. Além de ter um espaço adequado para todas as ações, tanto no plenário, salas de comissões e gabinetes, agora a sociedade passará a ter um local importante para vivenciar a democracia.
6 – 2022 é um ano eleitoral. A maioria dos deputados vai buscar a reeleição em 2022. É possível compatibilizar o trabalho em plenário com as visitas ao interior?
Creio que sim. Especialmente para aqueles que nunca pararam de visitar suas bases no interior. Nossa agenda, por exemplo, nunca parou aos finais de semana. Estamos sempre próximos das cidades para trazer as demandas para a Alego e para o Executivo.
7 – A crise econômica poderá influenciar e atrapalhar na busca do voto?
Nós, que sempre fizemos campanha com pouquíssimos recursos econômicos, não temos medo da crise. O que me preocupa é o sentimento do eleitor, já que uma crise grave como esta é sempre um motivo para críticas. Costumo pedir em nossas reuniões que o eleitor não desanime da política. Ele tem de participar. Além de escolher e votar certo, tem de acompanhar os mandatos. Cobrar o que cada político vai fazer. Saber se ele vai corresponder às expectativas das urnas.
8 – O que se esperar de seu partido em 2022? Espero que o Cidadania continue sensível e sintonizado com os anseios da população. É preciso respeitar o ambiente para a discussão interna e valorizar os agentes que fortalecem o partido. No ano de eleições gerais é preciso estar atento ao programa partidário e trabalhar para consolidar nossa trincheira.